E depois do Adeus, adeus à ditadura. A primavera marcelista tinha sido um simples sonho, nunca materializado.
A 25 de Abril de 74, um dia que seria pintado de vermelho e verde, saí à rua um novo símbolo, o cravo da liberdade.
Por volta da meia noite e vinte, da vila morena saí o sinal pela voz do Poeta da Liberdade.
41 anos de ditadura contra o pensamento e a razão estavam prestes a cair sob o signo de um novo Portugal, um Portugal mais justo, mais igual, mas acima de tudo mais livre.
Da Escola Prática de Cavalaria de Santarém, sai Salgueiro Maia, o mais bravo dos capitães. Com ele partem 240 homem que se revêem naquele homem simples mas com uma aura magnifica. Partem para Lisboa, em direcção ao Terreiro do Paço, enfrentam a superioridade de armas e homens do regime, com nervos de aço. Cercam o Quartel do Carmo e destituem Marcelo Caetano das suas funções.
Nasce o Portugal Livre!
35 anos de liberdade, 35 anos desde que os capitães de Abril puseram fim ao estado a que isto tinha chegado.
Salgueiro Maia será sempre lembrado como a figura máxima deste movimento, ele que enfrentou na primeira linha o regime, disposto a sofrer todas as consequências na primeira pessoa. De um carácter e humanidade únicos, negou qualquer cargo político, argumentando que para se saber se há liberdade, não se podem tomar partidos, apenas manter-se neutral a qualquer influência política.
José Afonso será também sempre uma figura ligada à revolução e à luta contra o regime, ele que foi o Poeta da Liberdade, o senhor de uma inteligência poética assombrosa
Obrigado, aos dois e a todos os outros, mais ou menos famosos, que contribuíram para que o dia de hoje seja aquilo que é para mim.
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