quarta-feira, setembro 24, 2008

Indecente

Hoje de manhã tive de ir às urgências do Centro Hospital Cova da Beira (Covilhã) para tentar ser observada por um oftalmologista pois não andava a ver bem de um olho.
Para além do longo tempo que estive à espera (enquanto provavelmente lá dentro médicos e enfermeiros discutiam as suas vidas e as mais recentes novidades do mundo dos famosos, entre muitos outros assuntos, todos eles mais interessantes do que assistir os doentes), quando me chamaram e me levaram para a zona das consultas de oftalmologia deparei-me com um médico (ou seria um veterinário? Nahh...porque até os veterinários tratam melhor os seus animais do que este senhor trata as pessoas.) que para além de não ser nada simpático nem estava interessado no historial clínico do meu olho.
Este senhor estava acompanhado de uma outra médica, talvez sua interna de especialidade, que apesar de todo o esforço que demonstrava, não deve ter aprendido nada porque o seu tutor foi incapaz de lhe explicar o que estava a fazer e o porquê.
Nem a mim, sua doente, foi capaz de me dizer afinal o que eu tinha e quando me passou a receita (ainda daquelas receitas antigas passadas num papel branco timbrado com o logotipo do hospital em que, fiquei depois a saber, se ppor acaso estes medicamentos fossem comparticipados eu não teria direito à comparticipação pois este modelo de receita já está há muito desactualizado) foi incapaz de me dizer qual a duração do tratamento, respondendo-me com um "Pare o tratamento quando isso passar", nem qual a correcta posologia dos fármacos.
Agora eu pergunto, sáo médicos como estes que as nossas (orgulhosíssimas) faculdades estão a formar? Médicos que acima de tudo deveriam ser humanos, ter compaixão pelos doentes e serem prestáveis mas que ao fim de contas só souberam empinar livros e livros de matéria!
Tenho vergonha dos médicos portugueses e compreendo perfeitamente todos aqueles que já preferem ser assistidos em hospitais espanhóis!

quinta-feira, setembro 18, 2008

"The Fall" - uma borboleta num jardim de lixo


Num mundo pitoresco, onde o passado se conjuga de várias formas, surge uma fábula com contornos quase surrealistas. Um antigo escravo, um indiano, um especialista em explosões e um bandido mascarado e Charles Darwin são os "heróis" de uma história com contornos que se afasta da vasta maioria dos filmes. Apresentando uma visão criativa, atraente e estimulante para o olhar e para a mente.

A descrença de toda a vontade e propósito de vida formulam um mundo que retrata a psicose de um paciente de um hospital de Los Angeles dos anos 20. Roy é um duplo que não tem nada pela frente, estropiado por uma queda de uma ponte.
"The Fall" é a queda do ser vivo, no desespero, da vida.
Uma história que é uma "chantagem", uma manipulação que é uma amizade.















Um filme de 2006, mas que só teve o destaque merecido em Maio deste ano.
Para ver e rever, só ou acompanhado, mas definitivamente, para pensar e imaginar.